Mais uma malvada
A atriz Vera Holtz garante que sua vilã na próxima novela das sete da Rede Globo será tragicômica
Redação TV - Estado de Minas
João Miguel Júnior/TV Globo
Vera Holtz usou o recurso de descolorir os cabelos para compor a personagem Violeta Aguilar

Vera Holtz usou o recurso de descolorir os cabelos para compor a personagem Violeta Aguilar
Maldade pouca é bobagem para Vera Holtz na teledramaturgia. Depois de interpretar a vilã Marion na novela Paraíso tropical (2007), a atriz volta à cena como a mau caráter Violeta de Três irmãs, nova trama das sete da Globo, que estréia dia 15. Interpretar personagens com perfil parecido não enjoa? “Você pode tirar do piano quantas melodias quiser, mas vai ter sempre sete notas. Violeta é muito rica, Marion era falida. Uma é poderosa, a outra era uma sobrevivente, precisava de convite para poder almoçar. Elas são diferentes, mas, obviamente, o timbre vai ser o da Vera Holtz”, responde a atriz.
A mudança no visual também ajuda a separar as duas feras. Sai o cabelo ruivo farmácia de Marion e entra o branco farmácia de Violeta. “Quando fiz o filme Família vende tudo, queriam que eu tivesse o cabelo grisalho. Aí, fiz uma decapagem (descoloração dos fios). E pensei ‘vai ficar lindo na Violeta’”, conta. “Agora, a raiz já é minha, não é mais resultado da química.”
A nova novela é uma comédia romântica escrita por Antonio Calmon que conta a história das irmãs Dora (Cláudia Abreu), Alma (Giovanna Antonelli) e Suzana (Carolina Dieckmann). O fictício paraíso de surfistas e pescadores Caramirim é cenário do enredo. A malvada da vez planeja erguer um empreendimento turístico no local, o que ameaça a natureza e o patrimônio histórico.
Bom humor “Violeta Aguilar é acima da realidade. Vai do agudo ao grave. É destemperada, mas educada, de uma família sofisticada. Ela quer transformar a cidadezinha fictícia em um centro urbano de qualidade, quer transformar pracinha em pousada. E é aí que bate de frente com a Virgínia (Ana Rosa, a mãe das três irmãs protagonistas), a dona da farmácia que está na praça.”
O mundo dos negócios não é a única coisa que estimula a rivalidade entre as duas mulheres. Violeta teve um caso com o marido de Virgínia no passado e não perdoa o fato de o tal homem não ter abandonado a família para assumir o romance clandestino. “Violeta se apaixonou por ele, que não quis fugir com ela. A frustração do abandono é terrível para uma mulher poderosa. O limite que nunca teve foi dado pelo amor.”
Dora é outra entre suas vítimas. A moça foi casada com seu filho, que morreu em um acidente, e a megera exige que ela respeite a memória do rapaz e fique longe dos outros homens. Por ironia do novelista, a mocinha conhece Bento (Marcos Palmeira) e começa a arrastar a asinha para o bonitão.
Do jeito dela Pela descrição da criatura feita pela criadora, a vilã do horário das sete vai despertar o ódio do telespectador, certo? Mais ou menos, arrisca Vera. “Violeta é tragicômica, é uma novela das sete. Acho difícil imprimir uma ‘vilãzona’ em oito meses (tempo médio de duração de um folhetim) quando você é antagonista. Quando se é uma vilã protagonista, como a Flora (papel de Patrícia Pillar em A favorita) dá para amarrar até o final. A antagonista tem que fazer um jogo de sedução, convencer as pessoas de que está fazendo a coisa certa. Ela tem que exercer fascínio”, diz.
Violeta nasceu para ser amada e odiada pelo público por transitar entre a comédia e a vilania. Já a Marion de Paraíso tropical, lembra a artista, teria uma trajetória diferente na sinopse. “Ela foi escrita para a Joana (Fomm), que começou a gravar, mas precisou se afastar da novela. Comecei fazendo séria, mas não dava. Cada atriz tem um timbre. Aí o autor (Gilberto Braga) falou ‘vai fazendo do seu jeito’. Ele foi escrevendo o sombrio, e eu fazia o solar. A natureza das minhas antagonistas é tão solar quanto sombria. É do mal, mas tem uma exuberância.”
A atriz Vera Holtz garante que sua vilã na próxima novela das sete da Rede Globo será tragicômica
Redação TV - Estado de Minas
João Miguel Júnior/TV Globo
Vera Holtz usou o recurso de descolorir os cabelos para compor a personagem Violeta Aguilar
Vera Holtz usou o recurso de descolorir os cabelos para compor a personagem Violeta Aguilar
Maldade pouca é bobagem para Vera Holtz na teledramaturgia. Depois de interpretar a vilã Marion na novela Paraíso tropical (2007), a atriz volta à cena como a mau caráter Violeta de Três irmãs, nova trama das sete da Globo, que estréia dia 15. Interpretar personagens com perfil parecido não enjoa? “Você pode tirar do piano quantas melodias quiser, mas vai ter sempre sete notas. Violeta é muito rica, Marion era falida. Uma é poderosa, a outra era uma sobrevivente, precisava de convite para poder almoçar. Elas são diferentes, mas, obviamente, o timbre vai ser o da Vera Holtz”, responde a atriz.
A mudança no visual também ajuda a separar as duas feras. Sai o cabelo ruivo farmácia de Marion e entra o branco farmácia de Violeta. “Quando fiz o filme Família vende tudo, queriam que eu tivesse o cabelo grisalho. Aí, fiz uma decapagem (descoloração dos fios). E pensei ‘vai ficar lindo na Violeta’”, conta. “Agora, a raiz já é minha, não é mais resultado da química.”
A nova novela é uma comédia romântica escrita por Antonio Calmon que conta a história das irmãs Dora (Cláudia Abreu), Alma (Giovanna Antonelli) e Suzana (Carolina Dieckmann). O fictício paraíso de surfistas e pescadores Caramirim é cenário do enredo. A malvada da vez planeja erguer um empreendimento turístico no local, o que ameaça a natureza e o patrimônio histórico.
Bom humor “Violeta Aguilar é acima da realidade. Vai do agudo ao grave. É destemperada, mas educada, de uma família sofisticada. Ela quer transformar a cidadezinha fictícia em um centro urbano de qualidade, quer transformar pracinha em pousada. E é aí que bate de frente com a Virgínia (Ana Rosa, a mãe das três irmãs protagonistas), a dona da farmácia que está na praça.”
O mundo dos negócios não é a única coisa que estimula a rivalidade entre as duas mulheres. Violeta teve um caso com o marido de Virgínia no passado e não perdoa o fato de o tal homem não ter abandonado a família para assumir o romance clandestino. “Violeta se apaixonou por ele, que não quis fugir com ela. A frustração do abandono é terrível para uma mulher poderosa. O limite que nunca teve foi dado pelo amor.”
Dora é outra entre suas vítimas. A moça foi casada com seu filho, que morreu em um acidente, e a megera exige que ela respeite a memória do rapaz e fique longe dos outros homens. Por ironia do novelista, a mocinha conhece Bento (Marcos Palmeira) e começa a arrastar a asinha para o bonitão.
Do jeito dela Pela descrição da criatura feita pela criadora, a vilã do horário das sete vai despertar o ódio do telespectador, certo? Mais ou menos, arrisca Vera. “Violeta é tragicômica, é uma novela das sete. Acho difícil imprimir uma ‘vilãzona’ em oito meses (tempo médio de duração de um folhetim) quando você é antagonista. Quando se é uma vilã protagonista, como a Flora (papel de Patrícia Pillar em A favorita) dá para amarrar até o final. A antagonista tem que fazer um jogo de sedução, convencer as pessoas de que está fazendo a coisa certa. Ela tem que exercer fascínio”, diz.
Violeta nasceu para ser amada e odiada pelo público por transitar entre a comédia e a vilania. Já a Marion de Paraíso tropical, lembra a artista, teria uma trajetória diferente na sinopse. “Ela foi escrita para a Joana (Fomm), que começou a gravar, mas precisou se afastar da novela. Comecei fazendo séria, mas não dava. Cada atriz tem um timbre. Aí o autor (Gilberto Braga) falou ‘vai fazendo do seu jeito’. Ele foi escrevendo o sombrio, e eu fazia o solar. A natureza das minhas antagonistas é tão solar quanto sombria. É do mal, mas tem uma exuberância.”
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