da Folha Online
Hoje na Folha O cineasta Fernando Meirelles deu início na semana passada às gravações de "Som e Fúria", seu novo projeto para a TV Globo, sobre uma companhia de teatro que monta peças de Shakespeare.
Apu Gomes/Folha Imagem
Diretor Fernado Meirelles grava minissérie da Globo no Teatro Municipal de São Paulo

Em entrevista à Folha, o diretor falou sobre a minissérie, seu próximo longa, também relacionado a Shakespeare (no qual ele trabalhará após a estréia de "Ensaio sobre a Cegueira", em setembro), a concorrência que a Globo enfrenta, Gilmar Mendes e seu voto nas próximas eleições, entre outros assuntos.
"Quando uma emissora se movimenta, a outra é obrigada a se movimentar. Embora pareça ruim para a Globo [problemas com ibope], é bom porque está buscando novos formatos. É um sofrimento positivo, e quem ganha é o público. A gente está fazendo essa minissérie pensando em audiência, claro, é TV. Mas sei que a concorrência não é mole", disse o cineasta.
Na entrevista, Meirelles também comentou sobre seus tempos como cinegrafista de Ernesto Varela, repórter irreverente interpretado por Marcelo Tas --atualmente no "CQC"-- nos anos 80.
"Varela tinha uma liberdade que hoje, nem que queira, não se pode ter. A gente não pedia autorização, ninguém tinha que assinar nada. Além de câmera, montava o Varela. Pegava meus discos, punha música e colocava no ar. Hoje, toda semana o 'Pânico' é processado. É tudo com direito [autoral], contrato. Aparece alguém na rua tem que pedir autorização. A gente não conseguiria fazer aquelas coisas com essa invasão de advogados em nossa vida, como existe hoje", afirma Meirelles.
Meirelles, que em setembro deve estrear "Ensaio Sobre a Cegueira", ainda falou sobre política e sobre seu voto, ainda indefinido, para as próximas eleições.
O diretor brasileiro disse que a operação Satiagraha acaba sendo uma boa novela: " O Gilmar Mendes dá um vilão sensacional", falou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário