Novelas criam vários finais para fintar revistas de TV
PAULA BRITO

Ficção. Para guardar segredo sobre o mistério que move a novela, muitos argumentistas em Portugal e no Brasil escrevem, sendo mesmo gravados, vários finais. É o caso do argumentista de 'A Favorita', que escreveu quatro, muito menos que Rui Vilhena, que escreveu dez, na novela 'Ninguém como Tu'
Novelas criam vários finais para fintar revistas de TV
O autor da novela da TV Globo A Favorita, João Emanuel Carneiro, acaba de anunciar ter escrito quatro finais possíveis para a novela que passa também em Portugal, na SIC.
O argumentista brasileiro fê-lo, confessou, para evitar que o verdadeiro desfecho sobre o assassino de Marcelo, interpretado por Deco Mansilha, fosse revelado pela imprensa. Assim, além das rivais Donatela (Cláudia Raia) e Flora (Patrícia Pillar), João Emanuel Carneiro escolheu outros dois personagens que podem ter matado Marcelo, mas ainda não entregou as cenas já escritas à estação. Sendo que a revelação está marcada para dia 18 de Agosto.
Até lá, e não resistindo à tentação de adivinhar o final, o Globo Online avança ainda que Donatela será presa acusada da morte do seu ex-marido, em consequência de duas testemunhas importantes mudarem os seus depoimentos dando origem à reabertura do processo.
Mas, numa outra rubrica dedicada à televisão, o Globo vai mais longe, revelando que o assassino é Gonçalo (Mauro Mendonça), nem mais nem menos que o pai de Marcelo.
Desfeito o mistério?
Talvez sim, talvez não... a verdade é que "o mistério alimenta a novela", defendeu Rui Vilhena ao DN. O autor de novelas de sucesso como Ninguém como Tu ou Tempo de Viver explicou que escrever vários finais é uma prática cada vez mais frequente. "Eu, por exemplo, em Ninguém Como Tu, escrevi dez finais - dez possíveis assassinos de António (Nuno Homem de Sá) -, que foram gravados", disse explicando que a "culpa" é da "imprensa, que é muito curiosa e tem muitas fontes". E reforça: "Cada episódio chega a envolver cerca de 300 pessoas, que por sua vez falam em casa da novela."
Daí que o desfecho da saga de Luiza (Alexandra Lencastre) "escolhido por mim fosse escrito numa sala da NBP, metido dentro de um envelope lacrado e guardado num cofre. Este só foi aberto, para edição, duas horas antes da sua exibição pela TVI por um elemento da equipa de produção que não voltou a casa depois", acrescentou.
Já no Tempo de Viver, cujo mistério era a revelação do "tubarão", o argumentista conta que escreveu cinco finais.
Sempre com o mistério como trave, Rui Vilhena defende que é preciso inovar. Neste sentido, a sua nova novela, A Face do Mal, que se estreia em Setembro na TVI, terá um grande mistério por cada um dos seis núcleos da trama, sem ligação entre si, aparente, mas ligados a um mistério maior, sem que isso seja explicito ao longo da história.
O argumentista brasileiro fê-lo, confessou, para evitar que o verdadeiro desfecho sobre o assassino de Marcelo, interpretado por Deco Mansilha, fosse revelado pela imprensa. Assim, além das rivais Donatela (Cláudia Raia) e Flora (Patrícia Pillar), João Emanuel Carneiro escolheu outros dois personagens que podem ter matado Marcelo, mas ainda não entregou as cenas já escritas à estação. Sendo que a revelação está marcada para dia 18 de Agosto.
Até lá, e não resistindo à tentação de adivinhar o final, o Globo Online avança ainda que Donatela será presa acusada da morte do seu ex-marido, em consequência de duas testemunhas importantes mudarem os seus depoimentos dando origem à reabertura do processo.
Mas, numa outra rubrica dedicada à televisão, o Globo vai mais longe, revelando que o assassino é Gonçalo (Mauro Mendonça), nem mais nem menos que o pai de Marcelo.
Desfeito o mistério?
Talvez sim, talvez não... a verdade é que "o mistério alimenta a novela", defendeu Rui Vilhena ao DN. O autor de novelas de sucesso como Ninguém como Tu ou Tempo de Viver explicou que escrever vários finais é uma prática cada vez mais frequente. "Eu, por exemplo, em Ninguém Como Tu, escrevi dez finais - dez possíveis assassinos de António (Nuno Homem de Sá) -, que foram gravados", disse explicando que a "culpa" é da "imprensa, que é muito curiosa e tem muitas fontes". E reforça: "Cada episódio chega a envolver cerca de 300 pessoas, que por sua vez falam em casa da novela."
Daí que o desfecho da saga de Luiza (Alexandra Lencastre) "escolhido por mim fosse escrito numa sala da NBP, metido dentro de um envelope lacrado e guardado num cofre. Este só foi aberto, para edição, duas horas antes da sua exibição pela TVI por um elemento da equipa de produção que não voltou a casa depois", acrescentou.
Já no Tempo de Viver, cujo mistério era a revelação do "tubarão", o argumentista conta que escreveu cinco finais.
Sempre com o mistério como trave, Rui Vilhena defende que é preciso inovar. Neste sentido, a sua nova novela, A Face do Mal, que se estreia em Setembro na TVI, terá um grande mistério por cada um dos seis núcleos da trama, sem ligação entre si, aparente, mas ligados a um mistério maior, sem que isso seja explicito ao longo da história.

Nenhum comentário:
Postar um comentário