Dado fala sobre a briga com Luana Piovani para a revista QUEM
"Eu estava nervoso e ela também", disse o ator. Confira os bastidores da discussão
PRISCILA BESSA

Na revista QUEM que chega às bancas nesta quarta-feira (29), Dado Dolabella conta sua versão da briga que culminou no término do noivado com Luana Piovani. “Discussões entre casais são a coisa mais normal que existe. Eu estava nervoso e ela também. Nós tínhamos um projeto de vida juntos”, disse ele. O ator também falou sobre a agressão à camareira Esmeralda de Souza, de 62 anos, que teria tentado apartar a discussão do casal. “A gente (ele e Luana) estava discutindo, aquela senhora apareceu no meio, no momento em que eu queria conversar a sós com minha mulher. Apenas a afastei. Se errei, estou aqui para tratar do assunto com a maior clareza e serenidade possível.”
Luana, por sua vez, não tratou o assunto com tanta simplicidade. Na última segunda-feira (27), ela postou em seu blog uma mensagem sobre o fim de seu relacionamento: “Queridos todos, escrevo aqui para dizer que me livrei duma roubada... Ia me casar com alguém que não conhecia... Deus, como sempre, me protegeu. Então é isso, fica aqui meu suspiro de alívio e minha profunda tristeza em ver minha amada camareira, Esme, de braços imobilizados...”. Abaixo da mensagem, Luana transcreveu o “Soneto de Separação”, de Vinicius de Moraes.

Testemunhas contam que, ainda atordoada com a agressão, Luana saiu da boate. Dado, arrependido, foi atrás dela para tentar fazer as pazes. Ele chegou a segurá-la pelo braço, mas foi repreendido pelos amigos e cercado por seguranças da casa noturna.
Vendo a cena, a camareira Esmeralda de Souza, que trabalha no Teatro do Leblon (onde a peça de Luana está sendo encenada), aproximou-se para oferecer ajuda. Foi quando Dado, visivelmente alterado, lhe empurrou. “Acho que ele me empurrou quase uns 3 metros, tamanha era sua força. Caí no chão e me machuquei”, contou Esmeralda a QUEM na sexta-feira (24). “Quando acordei no dia seguinte não conseguia mexer as mãos e sentia dores fortíssimas nos braços. Foi uma covardia. Eu só peso 42 quilos e ele, 90! Estou com muita dor”, disse.
A camareira registrou a ocorrência na 15a Delegacia Legal da Gávea, na tarde de sexta-feira e, por recomendação da polícia, fez os exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), no sábado. “Aqui tudo acaba em pizza. A família dele é rica, vai pagar e não vai acontecer nada com ele”, afirmou Esmeralda.
O delegado-assistente Gustavo Valentini, da 15a Delegacia Legal da Gávea, contou que, caso Dado seja condenado, sua pena pode variar de acordo com a gravidade da agressão. “Se a vítima ficar 30 dias sem trabalhar, a lesão corporal passa de leve a grave. Nesse caso, a pena passaria, por exemplo, de um trabalho comunitário a prisão, por um período de um a cinco anos."
Luana Piovani, que será intimada como testemunha, e Dado Dolabella, autor da lesão, devem ser chamados pela polícia ainda nesta semana. “Veremos uma data para o depoimento de cada um”, disse o delegado.
O ator Dado Dolabella quebrou várias portas de seu apartamento no Alto Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, segundo relatos de pessoas que não quiseram se identificar por medo dele. Foram quebradas a porta da sala, a do corredor e uma outra, interna. O imóvel é uma cobertura tríplex, com vista total para o mar e as montanhas. Ali ele vive com sua mãe e o irmão – este muito pacífico, segundo vizinhos. Aparentemente, o ator tem vivido dias de fúria, desde que brigou na semana passada, mais uma vez, com a agora ex-namorada, a atriz Luana Piovani, na boate 00. A camareira Esmê de Souza, 62 anos, e franzina, com apenas 42 quilos, tentou defender Luana das agressões e acabou sofrendo a ira do ator.

Relacionamento é marcado por trocas explícitas de carinho e brigas por ciúme
“Ele me levantou pelo ombro e me jogou longe”, disse dona Esmê. Ela é uma camareira muito querida pelos atores de teatro, como podem atestar Gloria Menezes, Beatriz Segall e Miguel Falabella. Todos se dizem escandalizados com a covardia de Dado. A camareira sofreu escoriações e luxações nos dois pulsos. O boletim de ocorrência tem o número 015-02963/2008 e foi registrado na 15ª Delegacia de Polícia (Gávea).
A polícia deve intimar ainda esta semana Luana e Dado para apurar melhor como se deu a agressão à dona Esmê. A atriz será ouvida como testemunha. Segundo a camareira, foram os seguranças da boate 00, na zona sul do Rio, que conseguiram conter o rapaz. “Se ela ficar 30 dias sem poder exercer suas funções normais, a lesão vai ser considerada grave e ele (Dado) vai poder pegar de 1 a 5 anos de prisão”, explicou o delegado da 15ª DP Gustavo Valentini.
O temperamento de Dado é explosivo. Infelizmente, as namoradas e ex-namoradas de celebridades não costumam denunciar o agressor, provavelmente para se proteger da invasão de privacidade. Mas, conhecidos do ator na Rua Sambaiba, onde mora, uma rua aprazível e residencial, dizem que ele já empurrou até a mãe, Pepita Rodrigues, para cima de uma cadeira, que teria quebrado com o impacto. A cantora Wanessa Camargo também teria sido submetida ao gênio raivoso do ator, em 2002. Dado teria puxado a filha do sertanejo Zezé di Camargo pelos cabelos, numa festa, na casa do apresentador Luciano Huck.
O namoro com Luana Piovani é recheado de provas de amor, presentes caríssimos e brigas por ciúme. Os arroubos de paixão já levaram Dado a presentear Luana com um carro zero km no valor de aproximadamente R$ 100 mil, modelo Chrysler Cruiser. Quando Luana completou 32 anos, ele foi ao prédio dela, também no bairro do Leblon, e pediu que a musa descesse de olhos fechados. O carro estava embrulhado numa fita vermelha. A atriz já tinha dado ao então namorado, de presente de aniversário de 28 anos, uma moto Scooter, também embrulhada em laço vermelho.

As trocas de carinho explícito aparentemente não sobreviveram às crises de ciúme de Dado. A mãe dele sempre gostou muito de Luana. Quando o casal reatou, em maio deste ano, ela disse: “Quero a felicidade de Dado e Luana é um amor de pessoa. Sempre foi muito fofa comigo!”. A paz porém durou pouco. Como Luana mostra os seios, usa lingerie e protagoniza cenas de apelo sexual na peça Pássaro da Noite, Dado teria reagido por ciúme, logo após a estréia, na semana passada. Isso teria motivado a briga que acabou sobrando para a camareira, dona Ismê. O jornal carioca O Dia publicou que Dado teria dado um tapa na cara de Luana. Mas logo depois, novamente, os dois estavam aos beijos. A atriz queria muito casar, tentar novamente ser mãe, porque, em 2004, ela sofreu um aborto espontâneo: perdeu o filho que esperava do então namorado, o jogador de pólo Ricardo Mansur. Depois do aborto, ela e Mansur se separaram, e Luana foi para Paris estudar francês, refletir, dar um tempo e se comunicar com os fãs por meio do seu blog.
Ontem, ela escreveu no blog que, ao romper com Dado Dolabella, escapou de uma roubada. Assim está escrito: “Ufa! Queridos todos, escrevo aqui para dizer que me livrei duma roubada...Ia me casar com alguém que não conhecia...Deus, como sempre, me protegeu. Então é isso, fica aqui meu suspiro de alivio e minha profunda tristeza em ver minha amada camareira de braços imobilizados...” E Luana aproveita para transcrever na íntegra o “Soneto da Separação”, de Vinicius de Moraes. Segue um trecho da bela criação do poeta: “De repente do riso fez-se o pranto (...) De repente da calma fez-se o vento (...) E da paixão fez-se o pressentimento/E do momento imóvel fez-se o drama/ De repente não mais que de repente/Fez-se de triste o que se fez amante/E de sozinho o que se fez contente (...)”.
Não se sabe por quanto tempo eles ficarão separados. Pelo bem de Luana, amigos esperam que ela fique longe. Sabe-se que a violência masculina contra as mulheres começa com um tapa. E pode terminar de maneira muito mais grave. Sabe-se também que a Justiça não costuma punir de maneira exemplar os homens que matam suas mulheres e namoradas por ciúme e rejeição. Vizinhos de Dado esperam que nenhuma tragédia maior aconteça e que consigam conter o rapaz dentro e fora do apartamento. As duas empregadas que trabalham na cobertura não querem falar nada, por medo.
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