Por Rodrigo Borges, do Estado de Circo.
Programa que já foi o grande fenômeno da TV brasileira, o Pânico na TV completou cinco anos sem ter razões para comemorar. De inovadora e engraçada, a atração se transformou numa apelativa repetição de si mesma. E sem graça.
Quando foi ao ar pela Rede TV!, o Pânico, grande sucesso da rádio Jovem Pan FM, usou seu humor e uma enorme dose de sarcasmo para fazer justas críticas ao culto à celebridade e ao uso do corpo de mulheres como apelo para ganhar audiência. Além de quadros divertidos garimpados na internet, especialmente em sites como o YouTube, e copiados com uma cara à brasileira. De um orçamento ridículo e um cenário mambembe, hoje o programa é capaz de enviar seus integrantes para viagens à Europa e aos Estados Unidos. Mas não soube se renovar.
O orçamento cresceu graças a minutos a fio de insuportáveis merchandisings que tomam boa parte do programa. Mas a graça acabou na medida em que o Pânico, hoje, é exatamente o que era cinco anos atrás. E antes era uma novidade. Hoje, não é mais. A atração aumentou a exposição do corpo de suas mulheres, entre elas a apresentadora Sabrina Sato, ex-BBB, ex-capa da Playboy e ex-namorada de ex-BBB. Um expediente que o próprio programa criticava em seus primeiros anos.
Além disso, não soube se recuperar de três perdas. Rosana Hermann, que garimpava os tais vídeos e atrações de programas internacionais na internet, foi para a Band para ser co-apresentadora do Atualíssima, programa voltado às donas de casa. Além dela, saíram também Vinícius Vieira, o Mano Quietinho, e Carlos Alberto da Silva, o Mendigo, que hoje participam do Show do Tom, na Record.
A fórmula é a mesma de cinco anos atrás. Fazer humor ironizando celebridades ainda que às vezes apelando para piadas de mau gosto sobre aparência física. Humor que já não tem mais graça. De tão repetido, virou óbvio. Chato. Feliz aniversário ao Pânico na TV. Uma pena que não haja motivo para comemorações.
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