quinta-feira, 23 de julho de 2009

Inezita Barroso é a homenageada do programa Raul Gil deste sábado



Raul Gil | 25/07 sab 13h45 | Band - Variedades |

Inezita Barroso é a homenageada do programa Raul Gil deste sábado

Inezita se emociona no palco do programa Raul Gil
Foto: Rodrigo Belentani Inezita se emociona no palco do programa Raul Gil

Inezita se emociona no palco do programa Raul Gil

O programa Raul Gil deste sábado está imperdível. No quadro "Homenagem ao artista", o apresentador traz ao palco a cantora e apresentadora Inezita Barroso.

Fugindo à regra, Raul Gil chama ao palco artistas consagrados da música, ao invés de calouros, para homenagear Inezita. Entre os convidados estão: Gian e Giovanni, César e Paulinho, Sérgio Reis e Guilherme e Santiago.
HOMENAGEM INEZITA BARROSO

Uma das mais importantes cantoras sertanejas de todos os tempos, Inezita Barroso marcou presença no palco do Programa Raul Gil para receber uma linda Homenagem ao Artista.

Apesar de ser paulistana, Inezita sempre foi apaixonada pela cultura de raiz. O trabalho que ela desenvolveu ao longo de sua vida foi de extrema importância para a preservação e valorização da cultura do povo sertanejo.

Ela também marcou forte presença no cinema, reconhecida com um prêmio de melhor atriz, e na televisão comandando o programa “Viola Minha Viola”, ao ar há 29 anos sempre aos domingos de manhã na TV Cultura.

No Programa Raul Gil, Inezita assistiu depoimentos emocionantes e recebeu homenagens de artistas consagrados da música sertaneja, fato inédito no quadro. Guilherme e Santiago, Gian e Giovanni, Pai e Filho, Cesar e Paulinho e Sérgio Reis interpretaram grandes sucessos de Inezita.

Acompanhada do grupo ‘Regional Viola Minha Viola’, Inezita realizou um belo musical e mostrou que ainda tem muita força e afinação na voz.

Confira um pouco mais da história de Inezita Barroso.
(Por Matheus Colen)

“Maior intérprete da genuína música sertaneja”

“A grande dama da música caipira”

“A rainha do folclore”

São muitos os adjetivos usados para definir o talento e a obra de Inezita Barroso, mas nenhum deles consegue resumir sozinho toda a qualidade e importância do trabalho realizado por essa paulistana da Barra Funda.

Apesar de viver na metrópole a pequena Inezita viajava constantemente para os sítios da família no interior. Durante os passeios, o contato com a cultura de raiz foi ao mesmo tempo inevitável e fascinante. O que começou como um brilho num olhar de criança se tornou um trabalho de extrema importância para a música e para a cultura brasileira.

Com apenas sete anos, ‘Ignês Madalena Aranha de Lima’ participava ativamente das cantorias nos sítios da família. Começou a aprender viola e mais tarde estudou piano. E cada vez que voltava para os passeios, trazia consigo novas habilidades musicais arrancando elogios de seus mestres.

O amor pela cultura de raiz é latente no trabalho de Inezita Barroso. Valorizando as canções regionalistas, Inezita pesquisa a fundo o folclore nacional e já gravou diversas obras do cancioneiro popular. Atualmente ela é considerada referência no assunto e ministra aulas em universidades paulistanas.

Ainda durante a infância, Inezita Barroso subia ao palco de viola na mão para as primeiras apresentações. Mas a estréia profissional se deu na idade adulta, numa rádio do Recife no início dos anos 50. A partir daí ela experimentou grande produtividade.

Foram diversos discos e inúmeras apresentações no rádio e na TV. Além do trabalho como cantora ela foi uma premiada atriz de cinema com diversos filmes no currículo.

Inezita já comandou diversas atrações no rádio e na televisão sem nunca deixar de lado a genuína cultura caipira. No comando do ‘Viola, Minha Viola’ há 29 anos, ela ajudou a lançar e a preservar o melhor da música de raiz.

A discografia de Inezita Barroso conta com mais de 80 títulos que documentam as diversas faces da cultura brasileira. A dedicação com que se entrega ao trabalho de pesquisa é tamanha que um de seus discos chegou a ser incluído no material básico de estudo de diversas escolas.

Inezita já trilhou mais de 50 anos de uma carreira dedicada a pesquisa e valorização das tradições populares. Ela já viajou para os quatro cantos do país e para diversos países do mundo, levando o melhor da cultura brasileira.

Essa paulistana apaixonada pela vida do interior marcou presença no teatro, no cinema, no rádio e na televisão. O trabalho dela contribui para a difusão e preservação de nossas tradições e já foi reconhecido com mais de 200 prêmios.

E mais
Inezita Barroso é cantora profissional desde 1953 e possui mais de 80 discos gravados. O programa vai ao ar neste sábado, às 13h45, na Band.



Outra coisa...

Por Ayrton Mugnaini Jr., colaborador do Yahoo! Brasil

Disse Jackson do Pandeiro: "Eu fiz muito sucesso. Sucesso que eu falo não é uma música tocar muito no rádio, não. Sucesso é todo mundo conhecer sua música. Isso é sucesso e eu posso dizer que fiz um bruto dum sucesso." Pois bem, vamos falar de artistas que há décadas fazem este tipo de sucesso e, mesmo passando por períodos de ostracismo ou menos sucesso, conseguiram a difícil fusão de talento e perseverança, tornando-se autênticas forças da natureza.

Um excelente exemplo é a cantora, folclorista e apresentadora de TV Inezita Barroso. Para vocês terem uma ideia, na mesma noite de 1957 em que este que vos escreve chegava a este mundo na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, boa parte da população paulistana estava assistindo ao programa da já consagrada Inezita na TV Record - e uma das primeiras lembranças deste teclador é de quando a parada de sucessos era eclética o bastante para incluir "Lampião de Gás", "Marvada Pinga" e outras gravações de Inezita ao lado de boleros, sambas e rocks com os mais diversos intérpretes.

E hoje Inezita é uma instituição no melhor sentido, sinônimo de boa cantora, da melhor música caipira e de artista e profissional competente e sem concessões. Inclusive em março de 2010 ela completará 30 anos no comando do Viola Minha Viola - "êta, programa que eu gosto!" - na TV Cultura, e em junho último ela recebeu de José Serra, Governador do Estado de São Paulo, o título de Grande Oficial, por sua dedicação às raízes da cultura brasileira. Tudo isso sem falar nos shows e aulas sobre folclore que ela vive fazendo por todo o país.

Inezita até se diverte com a omissão da indústria cultural e da grande imprensa. Sobre a maioria de seus discos estarem ausentes das lojas e serem disputados nos sebos por aguardarem reedições à altura, nos anos 1990 Inezita resumiu a este que vos escreve: "Mas, também, neste país só se faz o que o povo não quer". Quanto às revistas e emissoras que preferem noticiar sobre a boa aparência e as aventuras e desventuras amorosas de cantoras e apresentadoras mais bonitinhas, Inezita assim ironizou para um colega que temos em comum, o arretado jornalista e pesquisador Assis Ângelo: "É que eu não sou estrangeira! Se eu fosse, estaria nas páginas dos jornais". Mesmo não estando nos jornais com a freqüência merecida, Inezita pode até se gabar de ter pelo menos dez usuários no Orkut que fazem questão de usar o nome dela!

Outra cantora que nunca some de vez e merece aparecer mais é Maria Alcina, sinônimo de bom humor em forma de música, chamada até de "Carmen Miranda moderna", emérita pós-tropicalista e que praticamente se apoderou de composições como "Fio Maravilha" de Jorge Ben Jor, "Maria Boa" de Assis Valente e "Kid Cavaquinho" de João Bosco e Aldir Blanc. Este ano ela voltou com duas boas notícias, e só no primeiro semestre: além de ganhar indicações de Melhor Cantora - Canção Popular e Melhor Disco - Canção Popular no Prêmio de Música Brasileira (ex-Prêmio Sharp), ela lançou nas lojas (após uma prévia virtual no fim do ano passado) um CD independente, Maria Alcina Confete e Serpentina (selo Tratore/Outros Discos), em que mostra seu vozeirão ainda em forma e, para começar, não repisa seus antigos sucessos - armadilha em que muito veterano cai - e desta vez se apropria de "Roendo As Unhas" de Paulinho da Viola, além de ganhar "Açúcar Sugar" da nova parceria Tom Zé/Lô Borges e reviver o samba "Cachorro Vira-Lata", de Alberto Ribeiro, sucesso de Carmen Miranda (por sinal, Maria Alcina sempre fez muito bem em resgatar hits da grande Pequena Notável). "Hoje em dia é muito mais fácil ser independente do que há 30 anos atrás", aponta Thiago Marques Luiz, jornalista, produtor fonográfico e grande incentivador de Maria Alcina. "Hoje todo mundo é mais livre, grava por sua própria gravadora, é uma tendência atual do mercado brasileiro."

E temos ainda os Demônios da Garoa, simplesmente o primeiro grupo de música popular em todo o mundo a ultrapassar os 50 anos de atividades ininterruptas - e a esta altura já passaram também dos 60! Mas sempre mantêm o pique e o estilo, agradando não somente aos fãs de samba paulista, mas também a adeptos da MPB em geral e até roqueiros menos radicais. Em 2009, o grupo ganhou belo livro sobre ele, Pascalingundum! Os Eternos Demônios da Garoa, do já citado Assis Ângelo, e até outubro deverá sair (pelo selo Atração) novo disco do grupo, o primeiro de composições inéditas em muitos anos. Assim o vocalista Sérgio Rosa, filho e sucessor de um dos fundadores dos Demônios, o saudoso Arnaldo Rosa, resume o motivo da resistência do grupo décadas adentro: "O segredo é a gente gostar daquilo que faz, ter perseverança, e o grande responsável é o próprio público, que não deixa a gente parar. Sempre tem alguém que fala 'pelo amor de Deus, não deixe isso acabar nunca!'".

"Sempre tem alguém" mesmo: além de fazer público para as obras, nada como fazer arte para um público atento que não se limita a consumir passivamente, e, como se diz, não basta ser fã, tem de participar. Que o diga o compositor Nando Távora, 55 anos, paulista de Lorena, radicado em Sampa e dedicado ao samba da velha guarda. Uma de suas obras preferidas no gênero é "Samba do Arnesto", a famosa composição de Adoniran e seu amigo Nicola Caporrino, e que Távora se lembra de ter conhecido na magistral interpretação dos Demônios da Garoa. Para termos uma ideia da paixão de Távora pelo samba paulista, ele não se contentou em subir pelas paredes ao descobrir que o músico Ernesto Paulelli, amigo de Adoniran e inspirador do "Samba do Arnesto", estava vivo (com mais de 90 anos), muito bem e morando não no Brás, como diz a letra, e sim na Mooca.

Távora compôs em sua homenagem o samba "Sobradão do Arnesto" ("o Arnesto mora na Mooca/tá aposentado, tem saudade da Maloca"), em parceria com Sonekka (colega de Távora no Clube Caiubi de) e fez questão de conhecer Ernesto Paulelli pessoalmente. "Não sosseguei enquanto não descobri a casa dele e fui até lá mostrar o samba, em fevereiro deste ano [2009]! E a TV Bandeirantes foi lá junto para registrar o encontro." O samba "Sobradão do Arnesto" pode ser ouvido no MySpace de Nando Távora e na página dele no Clube Caiubi,

Inezita, Maria Alcina e os Demônios são apenas três exemplos de artistas que viveram o suficiente para aprender que comer pelas beiradas também faz bem e seguem a famosa e bela frase do dramaturgo espanhol Jacinto Benavente y Martinez: "o verdadeiro artista não faz obras para seu público, prefere fazer público para suas obras" - ou, como digo eu mesmo, melhor dizer o que se quer para dez pessoas do que dizer o que não se quer para milhões.

Podemos lembrar ainda Cauby Peixoto, Elza Soares, Ângela Maria entre muitos artistas que já podem se orgulhar de terem entrado para a História por serem grandes artistas em seus estilos e não por motivos os mais errados e antimusicais possíveis, como graves problemas de pele, abuso de determinadas substâncias, perseguição de discos voadores ou divórcio e viuvez pelo método usado por Schwarzenegger em O Vingador do Futuro.
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