Fim do Silêncio mostra o drama do aborto clandestino
Documentário financiado pelo Ministério da Saúde revela que, por trás dessa difícil decisão das mulheres, está um sério problema de saúde pública
Vencedor de edital público da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, o documentário Fim do Silêncio, da cineasta Thereza Jessouroun, será exibido pela TV Cultura na quinta-feira (01/10), às 23h10.
O tema do aborto já fazia parte de pesquisas da cineasta e seu projeto foi selecionado dentro da categoria "saúde pública". Ela só não sabia das dimensões alarmartes que o problema tem no Brasil. São cerca de um1 milhão de abortos inseguros a cada ano, com 200 mortes anuais e 250 mil internações em consequência dessas intervenções ilegais. Segundo Thereza, “o que caracteriza um problema de saúde pública é quando há um dano que atinge grande quantidade de pessoas e existem meios médicos que não estão sendo utilizados para evitar tal dano”. Daí o enfoque sanitário de seu trabalho, e não ético, moral ou religioso.
“Eu precisava dar voz às mulheres”, diz Thereza, que entrevistou 22 delas, de diferentes idades, religiões, classes sociais e profissões. Todas falam para a câmera, sem esconder rostos nem identidades, e contam como e por que fizeram aborto. Os depoimentos revelam que muitas mulheres fazem o procedimento por imposição dos maridos, ou que a decisão é tomada em conjunto com os parceiros.
Com seis meses de filmagem e 52 minutos de duração, Fim do Silêncio está embasado em pesquisas do Instituto de Medicina Social da Universidade do Rio de Janeiro (UERJ) e da Ong IPAS Brasil, e em relatório do Ministério da Saúde.
Sobre Thereza Jessouroun
Nascida no Rio de Janeiro, formada em geografia pela PUC-RJ, iniciou sua atividade profissional cinematográfica em 1980. Atuou em filmes de longa-metragem de Antônio Calmon, Fábio Barreto, Walter Lima Júnior, Oswaldo Caldeira, Jorge Duran. Nos últimos 10 anos tem se dedicado, principalmente, à produção e direção de documentários e institucionais. Iniciou nesta área como assistente e produtora do documentarista Eduardo Coutinho, com quem trabalhou durante seis anos.
Com inúmeras premiações, ganhou o Prêmio 2001 da TV Cultura para o Melhor Documentário Brasileiro, no 6o Festival Internacional de Documentários “É Tudo Verdade”, com o filme Samba doc. (54’).
Documentário financiado pelo Ministério da Saúde revela que, por trás dessa difícil decisão das mulheres, está um sério problema de saúde pública
Vencedor de edital público da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, o documentário Fim do Silêncio, da cineasta Thereza Jessouroun, será exibido pela TV Cultura na quinta-feira (01/10), às 23h10.
O tema do aborto já fazia parte de pesquisas da cineasta e seu projeto foi selecionado dentro da categoria "saúde pública". Ela só não sabia das dimensões alarmartes que o problema tem no Brasil. São cerca de um1 milhão de abortos inseguros a cada ano, com 200 mortes anuais e 250 mil internações em consequência dessas intervenções ilegais. Segundo Thereza, “o que caracteriza um problema de saúde pública é quando há um dano que atinge grande quantidade de pessoas e existem meios médicos que não estão sendo utilizados para evitar tal dano”. Daí o enfoque sanitário de seu trabalho, e não ético, moral ou religioso.
“Eu precisava dar voz às mulheres”, diz Thereza, que entrevistou 22 delas, de diferentes idades, religiões, classes sociais e profissões. Todas falam para a câmera, sem esconder rostos nem identidades, e contam como e por que fizeram aborto. Os depoimentos revelam que muitas mulheres fazem o procedimento por imposição dos maridos, ou que a decisão é tomada em conjunto com os parceiros.
Com seis meses de filmagem e 52 minutos de duração, Fim do Silêncio está embasado em pesquisas do Instituto de Medicina Social da Universidade do Rio de Janeiro (UERJ) e da Ong IPAS Brasil, e em relatório do Ministério da Saúde.
Sobre Thereza Jessouroun
Nascida no Rio de Janeiro, formada em geografia pela PUC-RJ, iniciou sua atividade profissional cinematográfica em 1980. Atuou em filmes de longa-metragem de Antônio Calmon, Fábio Barreto, Walter Lima Júnior, Oswaldo Caldeira, Jorge Duran. Nos últimos 10 anos tem se dedicado, principalmente, à produção e direção de documentários e institucionais. Iniciou nesta área como assistente e produtora do documentarista Eduardo Coutinho, com quem trabalhou durante seis anos.
Com inúmeras premiações, ganhou o Prêmio 2001 da TV Cultura para o Melhor Documentário Brasileiro, no 6o Festival Internacional de Documentários “É Tudo Verdade”, com o filme Samba doc. (54’).
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