quinta-feira, 1 de julho de 2021

Falas De Orgulho | Rede Globo |Oito personagens que ilustram a sigla LGBTQIA+ | Tiosamnews

Falas De Orgulho

Globo 22:35

Segunda-feira 28 de junho de 2021

'Falas de Orgulho' mostrará as jornadas de oito personagens de diferentes idades, regiões, trajetórias de vida e religiões – e por trás delas, histórias de superação, preconceito e auto aceitação, passando por temas transversais às letras que formam a sigla LGBTQIA+




Sábado de sol pode ser um dia de descanso para muitos cariocas. Para Maycon, 28 anos, morador da Rocinha, no Rio de Janeiro, é só mais um dia de muito trabalho. O jovem, que nasceu em Pernambuco e veio para o Rio aos três anos, atravessa a autoestrada Lagoa-Barra bem cedinho e parte para a Praia de São Conrado, onde trabalha como barraqueiro. Maycon, que se identifica como bissexual, explica a sexualidade de forma muito natural: "Não tem um começo, um marco zero. Quando você é hétero, não tem um início. Não tem como saber quando a pessoa começa a ser uma coisa que não se começa". O jovem é um dos personagens de 'Falas de Orgulho', especial que a TV Globo exibe na noite de hoje (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, logo após 'Império'.

Dos 18 aos 21 anos, o jovem conta que dançava ballet e que lá conheceu a sua primeira namorada. Apesar de estar em um relacionamento hétero, Maycon conta que já passava por homofobia: "As pessoas me taxavam de 'viado' por causa do ballet. Mas eu nunca liguei para a opinião dos outros. Eu faço as coisas que eu quero. Quando eu senti vontade de beijar uma pessoa do mesmo sexo, fui lá e beijei". O jovem também conta como reage diante das tentativas de constrangimento. "Como a maioria dos meus amigos é LGBT, a gente simplesmente dá as mãos, anda abraçado e fica debochando da cara dos outros. É assim que eu rebato o preconceito", finaliza.

Confira mais detalhes na entrevista abaixo.

Entrevista com Maycon
Me fala um pouco de você e de quando começou a se entender LGBT.
Eu nasci em Pernambuco, mas vim para o Rio muito pequeno. Morei em algumas casas que a minha mãe trabalhava até os 6 ou 7 anos e depois a gente veio para a Rocinha. Há três anos, minha mãe voltou para Pernambuco e hoje moro sozinho. Eu e meus três gatos. Não tem um começo [para se entender LGBT], um marco zero. Quando você é hétero, não tem um início. Não tem como saber quando a pessoa começa a ser uma coisa que não se começa.
Como é a sua relação com a sua mãe? Ela é tranquila com a sua sexualidade?
Hoje em dia a nossa relação é ótima, mas a gente briga às vezes. Nós somos muito parecidos, temos pavio curto. Ela ficou sabendo [da minha sexualidade] pela produção [do especial]. Me perguntaram se poderiam falar com a minha mãe e eu falei que tudo bem. Ela ficou sabendo assim, quando ligaram. Mas ela é muito tranquila, eu já sabia que a gente não teria nenhum problema com a minha sexualidade.

Você já passou por algum tipo de preconceito por homofobia?
Até passei, mas como a maioria dos meus amigos é LGBT, a gente simplesmente dá as mãos, anda abraçado e fica debochando da cara dos outros. Dos 18 aos 21 anos eu dançava ballet. E as pessoas me taxavam de 'viado' por causa disso. Mas eu nunca liguei para a opinião dos outros. Eu faço as coisas que eu quero. Quando eu senti vontade de beijar uma pessoa do mesmo sexo, fui lá e beijei.
Como você enxerga a luta LGBTQIA+ atualmente? O que falta conquistar?
Eu acho que ainda não temos essa igualdade que o pessoal quer e idealiza. A homosexualidade não é uma coisa de agora, é milenar. Sempre existiu na humanidade e até entre animais, mas pessoas seguem achando que não é normal. Acho que o mais importante é deixar cada um viver sua vida do jeito que quiser.

O Especial
Nesta noite (28), data em que se celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a TV Globo apresenta a trajetória de uma comunidade plural, pessoas completamente diferentes entre si mas que se reconhecem em um ponto em comum: o orgulho de ser livre, de se relacionar sem preconceitos, de existir e de ter voz. O especial será exibido ainda no GNT, dia 30 de junho, e no Canal Brasil, dia 2 de julho.

'Falas de Orgulho' mostra a jornada de oito personagens de diferentes idades, regiões, trajetórias de vida e religiões – e por trás delas, histórias de superação, preconceito e auto aceitação, passando por temas transversais às letras que formam a sigla LGBTQIA+ - que culminam na celebração de poder ser quem se é e na exaltação dessas vozes. São eles: Richard Alcântara, 24, jovem transgênero de Caçapava, interior de São Paulo, que sonha ser bombeiro civil; Ariadne Ribeiro, 40, mulher transgênero que é assessora de apoio comunitário da Unaids/ONU; Geisa Garibaldi, 37, a lésbica carioca é criadora do 'Concreto Rosa', empresa de serviços de mão de obra feminina; Ângela Fontes, 69, enfermeira aposentada que só falou abertamente sobre ser lésbica na terceira idade; Fábio, 30, jovem gay de São Paulo que da vida à drag queen Sasha Zimmer; Mário Leony, 46, homem gay de Aracajú, que é delegado da Polícia Civil há 20 anos; Maycon Douglas, 27, jovem bissexual que trabalha como barraqueiro na praia de São Conrado e mora na Rocinha, comunidade da Zona Sul do Rio de Janeiro; e Mariana Ferreira, 35, médica bissexual, que tem um consultório particular e trabalha como ginecologista do SUS.

Para contar essas histórias, a equipe do 'Falas de Orgulho' percorreu diversos estados do país e acompanhou essas pessoas em seu cotidiano: na intimidade de suas casas, trabalho e no dia a dia com os amigos. Além de dar voz a essa luta na frente das câmeras, o especial também reflete a diversidade nos bastidores, em uma equipe majoritariamente LGBT em diversos setores: desde a direção, passando pelos assistentes, fotografia e roteiristas.

Clipe com Pabllo Vittar, Johnny Hooker e Majur
Para o 'Falas de Orgulho', além dos bastidores do dia a dia desses oito personagens, o público também terá a oportunidade de ouvir seus depoimentos: as histórias marcantes de suas vidas contadas em primeira pessoa em estúdio. Um momento que promete muitas emoções - tanto para eles, quanto para os espectadores. Ao final, a diversidade será celebrada em um clipe musical exclusivo do hit "Flutua", do cantor Johnny Hooker, com participação de Pabllo Vittar e Majur.

Conheça os personagens de 'Falas de Orgulho':
Richard Alcântara, 24 anos - O jovem de Caçapava, interior de São Paulo, tinha 15 anos quando contou para mãe, Rosinete, que era um homem transgênero. Richard já foi agredido por um policial e tem que lidar com ofensas quando usa o banheiro masculino em locais públicos. Richard faz terapia com hormônios e espera na fila do SUS pela cirurgia de retirada dos seios.

Ariadne Ribeiro, 40 anos - Na infância, quando já manifestava sua identidade de gênero feminina, sofreu com o preconceito na escola e na família. Mais tarde, precisou se prostituir para não passar fome e, na rua, foi estuprada e contraiu HIV. A virada veio por meio da educação: se formou em pedagogia, concluiu mestrado e doutorado em psiquiatria. Aos 27 anos, fez cirurgia de redesignação de gênero. Ariadne é assessora de apoio comunitário do Unaids - programa que coordena onze agências da ONU nas ações que visam o fim do HIV/AIDS até 2030.

Geisa Garibaldi, 37 anos - Moradora do subúrbio do Rio, Geisa "pega no pesado" para sustentar a casa. A carioca, que é pedreira e eletricista, tem uma microempresa, a Concreto Rosa, que oferece serviços de mão de obra executados exclusivamente por mulheres. Geisa tem um filho, Kaetano, de 11 anos, que vê com naturalidade a sexualidade da mãe.

Ângela Fontes, 69 anos - Nascida numa família católica, Ângela precisou viver seus relacionamentos com outras mulheres às escondidas. Paulista de Luiziânia, interior do estado, Ângela revelou sua sexualidade para a família de forma inusitada e já na terceira idade. Ela e a esposa deram uma entrevista ao Portal G1 após a estreia da novela 'Babilônia' e foram pegas de surpresa pela repercussão - e pelos parentes de Ângela, que, ao lerem a reportagem, deram todo o apoio ao relacionamento.

Fábio (Sasha Zimmer), 30 anos - O jovem do interior de São Paulo foi criado pela avó materna, que o expulsou de casa aos 17 anos. Se mudou para Campinas e lá começou a "se montar" e explorar o universo drag. Foi quando, após perder a avó e em quadro de depressão, viu em Sasha Zimmer, sua drag persona, a oportunidade de dar a volta por cima: conseguiu trabalhos, ganhou concursos e atualmente mora em São Paulo.

Mário Leony, 46 anos - Mário é delegado da Polícia Civil há 20 anos e atua na divisão de homicídios, em Aracaju (SE). Criado por pais conservadores, o aracajuano teve grandes dificuldades em aceitar a própria sexualidade ao longo da sua trajetória. Atualmente Mário está casado há 13 anos e, desde 2010, integra um grupo que combate a LGBTfobia na polícia.

Maycon Douglas, 27 anos - Morador da Rocinha, o jovem se mudou de Pernambuco para o Rio de Janeiro aos três anos com a mãe, Dona Carmelita. Ao longo de sua adolescência, quando ainda não tinha entendimento sobre a sua bissexualidade, Maycon já precisava encarar preconceitos e era alvo de "piadas" por parte dos amigos e vizinhos.

Mariana Ferreira, 35 anos - De origem humilde, Mariana foi a primeira na sua família a frequentar a universidade. Formada em medicina pela UERJ e profissional do SUS, a carioca chegou a se casar na igreja e viver um lado mais "convencional" da sua sexualidade. Foi somente após o divórcio, aos 28, que Mariana decidiu viver livremente e passou a também se relacionar com outras mulheres.

Falas de Orgulho’ tem direção artística de Antonia Prado, direção de Washington Calegari e roteiro assinado por Carlyle Junior, com produção de Beatriz Besser. Rafael Dragaud é o diretor executivo e Mariano Boni, diretor de gênero. O especial vai ao ar na TV Globo no dia 28 de junho, logo após 'Império'; e será exibido ainda no GNT, dia 30 de junho, e no Canal Brasil, dia 2 de julho.

Link para o Vídeo Manifesto: https://www.youtube.com/watch?v=rhoknMY6_bs
Link para a playlist de 'Falas de Orgulho': https://lnk.to/Svv3sJrb

Comunicação Globo
Rio de Janeiro, 28 de junho de 2021
Mais informações www.redeglobo.com.br



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